Orientações que o Enfermeiro deve fazer a pacientes sobre o excesso de ácido fólico na gravidez.

Excesso de ácido fólico na gestação pode aumentar em até duas vezes o risco de autismo na criança. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, apresentado nesta sexta-feira durante o Encontro Internacional para Pesquisa sobre Autismo de 2016, em Baltimore.

A ingestão de folato - uma vitamina B, encontrada em alimentos como brócolis, feijão e tomate - ou de ácido fólico - sua versão sintética - é aconselhada por especialistas principalmente no primeiro trimestre da gravidez, pois a substância estimula o desenvolvimento neurológico do feto. Entretanto, no novo estudo, os cientistas encontraram níveis de folato quatro vezes mais altos do que o adequado nas mães de crianças com autismo logo após darem à luz. Esse excesso foi relacionado ao transtorno.

Sabe-se que ingestão dessa vitamina pode reduzir em até 75% o risco de má formação no tubo neural do feto, o que previne diversos problemas neurológicos, como anencefalia, paralisia de membros inferiores, incontinência urinária e intestinal, retardo mental e dificuldades de aprendizagem. As autoridades de saúde dos Estados Unidos e o Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil recomendam a ingestão de 400 microgramas por dia da substância neste período da gestação.

"A suplementação adequada é protetora: isso ainda é o caso com o ácido fólico e o folato em geral. Sabemos há muito tempo que a deficiência de folato em mulheres grávidas é prejudicial para o desenvolvimento dos filhos, mas o que esse novo estudo nos diz é que quantidades excessivas também podem causar danos. Nós devemos buscar níveis ideais deste importante nutriente", disse Daniele Fallin, uma das autoras do estudo.

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FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/excesso-de-acido-folico-na-gravidez-dobra-o-risco-de-autismo