A importância do profissional de enfermagem no Brasil

Embora não tivesse o mesmo nome ou as ferramentas que conhecemos hoje, estima-se que a prática da enfermagem começou por volta dos anos 1840, com mulheres que cuidavam de enfermos ou de feridos em batalhas. Mais tarde, após a revolução industrial de 1930, a atividade começou a ser reconhecida como profissão.

Com o passar do tempo, os cuidados por enfermeiras e enfermeiros se tornaram mais modernos, mas ao mesmo tempo mais humanizados. Para os brasileiros, a importância da enfermagem é inegável. Durante a pandemia da covid-19, por exemplo, os enfermeiros passaram a ser a ponte de contato próxima com os pacientes, avaliando e mediando os serviços de assistência, apoio psicológico, além de facilitar, muitas vezes, o contato com as famílias.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em nosso país, cerca da metade dos trabalhadores da área da saúde estão na enfermagem, sendo 80% de técnicos e auxiliares e 20% de enfermeiros.

No relatório “Perfil da Enfermagem no Brasil”, de 2013, produzido pela Fiocruz, esse total era de 1.804.535 pessoas. Em 2021, de acordo com levantamento da COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), o número de profissionais da área era de 2.486.585 – um aumento de quase 38% em oito anos.

A pesquisa da Fiocruz também aponta que a categoria é predominantemente feminina: 84,6% dos profissionais formados são mulheres, contra presença de cerca de 15% de homens.

Os trabalhadores de nível médio (técnicos e auxiliares) apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições, com 23,8% reportando nível superior incompleto e 11,7% tendo concluído curso de graduação.

Para homenagear a importância, a competência, o respeito à vida, a saúde e todos aqueles que necessitam de cuidados, o Enfermagem a Distância separou um poema muito especial para enaltecer o perfil profissional da enfermagem e a sua contribuição na assistência.

Enfermagem

Cliente,

criança, homem,

mulher, idoso

Seres razão do cuidar do enfermeiro.

Enfermeiro,

Com arte, ciência e vocação

Seja você, Maria, Ceci, José ou João,

Do Brasil, do estrangeiro,

Do centro ou do menor rincão,

no domicílio, hospital,

Asilo, creche ou comunidade ,

No caos ou na tranquilidade

A todos assiste sem distinção.

No seu cotidiano cuidar

Seja, outono, inverno,

Primavera ou verão,

Na pesquisa, ensino,

assistência ou gestão,

Eleva os ideais de sua profissão

De forma autônoma ou não,

A todos os cantos de sua nação.

Enfermagem

Na simbiose do cliente e enfermeiro

Surge a Enfermagem.

Esperança que reverte

Tristeza em alegria,

Debilidade em fortaleza,

Doença em saúde,

Não saber em saber,

Morte em viver.

Por isso, cliente, Atente!

Seja você pobre ou rico,

Sadio ou doente,

Negro, vermelho,

Amarelo ou branco,

Judeu, espírita,

Católico ou crente,

Indivíduo, família ou comunidade,

Para o enfermeiro, não importa,

Pois, você,

Você é gente!


Autora: Enfermeira e doutora Maria Belén Salazar Posso p/ COREN-SP